Saúde Íntima na maturidade: muito além da infecção urinária
- stephanicaser
- 9 de set.
- 4 min de leitura
Por Dr. André Junqueira
Colaboração oficial: See Me + MONISSA | Quadro #SeeMeMenopausa
A saúde íntima da mulher madura merece atenção, cuidado e respeito. Saiba como prevenir infecções urinárias e ginecológicas em mulheres na pós menopausa, idosas acamadas ou com mobilidade reduzida — e como a parceria entre a See Me e a MONISSA está facilitando o cuidado ginecológico na terceira idade.

Com o envelhecimento, principalmente em mulheres acamadas, os riscos relacionados à saúde íntima aumentam. O uso constante de fraldas geriátricas, a higiene íntima comprometida e a falta de acesso a consultas médicas contribuem para problemas como:
Infecções urinárias recorrentes
Vaginose bacteriana
Vulvovaginite atrófica
Úlceras de pressão na região genital
Você sabia que a atrofia vaginal reduz a lubrificação e a espessura da mucosa, tornando a região mais suscetível a infecções e inflamações, especialmente quando há perda de urina? A boa notícia é que, com os cuidados certos, é possível prevenir e tratar esses problemas, promovendo maior conforto e qualidade de vida.
Vaginose Bacteriana e Vulvovaginite: Riscos silenciosos e cuidados em mulheres 60+
A vaginose bacteriana e a vulvovaginite atrófica são extremamente comuns na terceira idade. Causam desconforto, coceira, corrimento e até dor. Mas em mulheres acamadas ou com mobilidade reduzida, a comunicação dos sintomas pode ser limitada, e o diagnóstico muitas vezes não é feito, podendo levar a complicações graves.
Fatores de risco mais comuns:
Uso prolongado de fraldas
Falta de ventilação na região íntima
Higiene íntima inadequada
Redução de estrogênio (secura vaginal da menopausa)
Cuidados que fazem a diferença:
Trocar fraldas com frequência
Higienizar a região com produtos suaves e sem perfume
Evitar duchas vaginais e sabonetes agressivos
Usar hidratantes vaginais prescritos por médico
Realizar avaliações médicas periódicas
Esses cuidados simples ajudam a reduzir infecções, irritações e desconfortos que comprometem o dia a dia da mulher idosa.
Bacteriúria Assintomática e Infecção Urinária: Qual a diferença?
Outro ponto importante é a presença de bactérias na urina sem sintomas — condição chamada de bacteriúria assintomática. Ela é muito comum em idosas, especialmente naquelas que usam fraldas ou sondas vesicais. Diferente da infecção urinária, que causa febre, ardência ao urinar e desconforto, a bacteriúria assintomática não precisa de antibióticos na maioria dos casos.
Antibióticos devem ser reservados para os casos com sintomas claros de infecção urinária, ou em casos específicos como por exemplo, antes de procedimentos médicos. Tratar bacteriúria sem necessidade, ou fazer uso de antibióticos incorretos, pode levar à resistência bacteriana — um problema grave e crescente na geriatria.
Alguns sinais inespecíficos como, odor forte na urina, xixi turvo, aumento das idas ao banheiro ou pequenas alterações no apetite, não indicam infecção urinária e podem estar relacionados à bacteriúria assintomática. Exames de cultura urinária (urocultura) positivo sem a presença de sintomas, não devem ser tratados com antibióticos.
Outros sintomas como febre (≥ 38ªC) persistente, sonolência ou confusão mental maiores do que o habitual, agitação ou comportamento agressivo, perda de urina repentina ou piora de quadro existente, bem como queda da pressão ou do estado geral (sinais de sepse), podem indicar infecção de urina na mulher idosa e indicam necessidade de atendimento médico.

Quando o exame de alta sensibilidade da secreção vaginal é indicado?
O exame de secreção vaginal é uma ferramenta fundamental para identificar infecções, inflamações e alterações na microbiota vaginal. Pode identificar bactérias, gunfos e outros agentes infecciosos e é indicado quando há:
Corrimento com odor forte ou alteração de cor
Coceira, ardência ou dor na região íntima
Dispareunia (dor na relação sexual)
Queixas urinárias com sintomas vaginais associados
Infecções recorrentes
Atrofia vaginal com sintomas persistentes
Entre as doenças mais comuns diagnosticadas estão:
O exame pode detectar bactérias, fungos ou outros agentes infecciosos, auxiliando no diagnóstico de:
Vaginose bacteriana (desequilíbrio da flora vaginal)
Candidíase (por Candida albicans e não albicans)
Vulvovaginite atrófica (inflamação devido à secura vaginal)
Tricomoníase
Outras infecções ginecológicas
Realizar o exame de secreção vaginal permite tratar de forma mais precisa, evitando o uso desnecessário de medicamentos e melhorando o conforto da paciente.
O papel da família e dos cuidadores
Muitas vezes, são os cuidadores e familiares que percebem as primeiras alterações: mudança no cheiro da urina, agitação repentina, febre sem causa aparente ou até mudanças de comportamento. Estar atento e saber quando buscar ajuda médica faz toda a diferença.
Na suspeita de infecção genitourinária, a realização do exame é essencial para definir o melhor tratamento e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Para mulheres idosas com mobilidade reduzida, o acesso a cuidados ginecológicos pode ser um desafio. No entanto, a saúde íntima é fundamental para o bem-estar geral, impactando desde a imunidade até a autoestima e qualidade de vida.
Como a See Me e a MONISSA estão mudando essa realidade
Pensando nesses desafios, a See Me e a MONISSA uniram forças para transformar o cuidado íntimo da mulher madura. Com tecnologia e acolhimento, soluções práticas para levar saúde ginecológica com qualidade e privacidade até onde ela nunca chegou antes.
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. Acompanhamento com especialistas em ginecologia e geriatria
. Orientações para familiares e cuidadores