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DOENÇAS AUTOIMUNES E MICROBIOMA VAGINAL: O QUE LÚPUS, ALZHEIMER E FIBROMIALGIA TÊM A VER COM A SAÚDE ÍNTIMA?

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Quando falamos sobre doenças autoimunes ou crônicas, como lúpus, fibromialgia e até Alzheimer, é comum pensar nos impactos sobre o sistema nervoso, articulações ou imunidade como um todo. Mas poucas pessoas sabem que essas condições também podem afetar diretamente a saúde vaginal — especialmente por meio do microbioma.

O que é o microbioma vaginal?

O microbioma vaginal é formado por milhões de microrganismos, principalmente bactérias do gênero Lactobacillus, que mantêm a região íntima protegida contra infecções. Esses lactobacilos regulam o pH vaginal e formam uma barreira natural contra fungos e bactérias patogênicas.

O papel da imunidade na saúde íntima

O sistema imune atua diretamente na manutenção do equilíbrio do microbioma vaginal. Em mulheres com doenças autoimunes ou inflamatórias crônicas, esse sistema está alterado: ora hiperativado, ora enfraquecido. Isso compromete a vigilância imunológica local — a vagina fica mais vulnerável ao crescimento de microrganismos indesejados, como Candida (candidíase) ou Gardnerella (vaginose bacteriana).

Além disso, os tratamentos com imunossupressores ou corticóides (comuns no lúpus, por exemplo) reduzem as defesas naturais, favorecendo infecções de repetição e desequilíbrios vaginais persistentes【¹】.

E o que isso tem a ver com Alzheimer ou fibromialgia?

  • Na fibromialgia, há alterações na regulação do eixo neuroimune, o que pode impactar diretamente a flora vaginal. A dor crônica, o uso contínuo de medicamentos e o estresse emocional também contribuem para desequilíbrios na microbiota【²】.

  • No Alzheimer, estudos apontam que mulheres com demência podem apresentar maior fragilidade no sistema imunológico e tendência a infecções urinárias e vaginais — muitas vezes silenciosas【³】.

Por que é tão importante monitorar o microbioma vaginal nesses casos?

  • Para prevenir infecções recorrentes e desconfortos vaginais

  • Para auxiliar na estabilidade do sistema imunológico local

  • Para melhorar a qualidade de vida e bem-estar íntimo

Mulheres com doenças autoimunes ou crônicas devem monitorar periodicamente sua microbiota vaginal — e o rastreamento com autoexames de microbioma tem se mostrado uma ferramenta simples, eficaz e segura.

Referências bibliográficas:

[1] Heath CH et al. (2021). Immunosuppressive therapy and the vaginal microbiota: emerging connections. Frontiers in Immunology.[2] Andrade A et al. (2020). Fibromyalgia, stress, and the microbiome: what do we know? Clin Exp Rheumatol.[3] López-Otín C et al. (2016). The hallmarks of aging and the vaginal microbiome in neurodegenerative diseases. Nature Reviews Neuroscience.


 
 
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