Infertilidade e “óvulo velho”: e se o problema não for bem esse?
- stephanicaser
- 5 de nov.
- 2 min de leitura
Um estudo publicado na Science Advances revelou algo que muda tudo o que sabíamos sobre envelhecimento reprodutivo feminino, e talvez seja hora de redirecionar a conversa sobre fertilidade.
A descoberta que desafia décadas de crença
Por anos, ouvimos que o relógio biológico da mulher era uma bomba-relógio, e que a fertilidade feminina despencava por conta da “idade dos óvulos”.
Mas a ciência acaba de mostrar que essa narrativa pode estar incompleta.
Publicado em agosto de 2025 na revista Science Advances (DOI: 10.1126/sciadv.adw4954), um estudo comparou o envelhecimento genético em diferentes células do corpo feminino: sangue, saliva e óvulo.
O resultado? Enquanto o sangue e a saliva acumulam mutações genéticas com o tempo, o óvulo permanece surpreendentemente protegido.
Ou seja: Os óvulos envelhecem cronologicamente, mas não geneticamente da forma que imaginávamos.

Se o óvulo resiste, o que mais está em jogo?
Essa descoberta muda o eixo da conversa. Se o óvulo é biologicamente resiliente, talvez o problema da infertilidade esteja além dele.
É hora de olhar para o que o envolve:
O espermatozoide (a parte masculina da equação)
E um fator quase sempre ignorado: o microbioma vaginal que coloniza o útero para receber esse óvulo e embrião.
Microbioma vaginal e fertilidade: o elo invisível
O que pouca gente sabe é que a saúde íntima da mulher, em especial o microbioma vaginal, pode ter impacto direto na fertilidade.
Quando esse microbioma está em desequilíbrio (o que chamamos de disbiose vaginal), pode haver:
Inflamação silenciosa
Prejuízo na receptividade do endométrio
Alterações no muco cervical
Dificuldades de implantação embrionária
E até falhas recorrentes em FIVs
Ou seja: o microbioma vaginal pode ser o fator chave entre tentar engravidar e conseguir engravidar.
O que vemos na prática clínica com a See Me
Na See Me, temos acompanhado mulheres que passaram por tentativas frustradas de gravidez, muitas com histórico de candidíase recorrente, vaginose bacteriana ou inflamações inexplicadas.
Ao realizarem o exame de microbioma vaginal, identificamos desequilíbrios que não apareciam nos exames ginecológicos tradicionais.
E o mais surpreendente?
Quando tratamos esses desequilíbrios antes da estimulação ovariana ou da transferência de embriões, o corpo responde melhor.
O útero se torna mais receptivo. A taxa de sucesso aumenta. E o resultado clínico melhora.
A biologia nunca foi simples. A narrativa é que estava simplificada demais.
Por muito tempo, colocamos todo o peso da fertilidade feminina no “fator idade”.
Mas agora sabemos: o corpo feminino guarda segredos de resiliência.
E talvez o segredo esteja em saber escutá-lo.
Seu corpo está tentando te contar algo. A See Me te ajuda a traduzir.
Você pode fazer seu exame de microbioma vaginal no conforto da sua casa, com coleta indolor e tecnologia de ponta em análise biomolecular:
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